A HISTÓRIA DO SERIAL KILLER JEFFREY DAHMER
Jeffrey Dahmer e seus pais
Jeffrey Dahmer nasceu em 1960, em Milwaukee, cidade
dos EUA. Segundo seu pai, Lionel, sua gravidez foi desejada e seu
nascimento, festejado. Ele lembra-se do dia em que, Jeffrey já criança,
cuidaram de um pássaro machucado e o viram voar, já curado. “Os olhos de
Jeff estavam bem abertos e brilhavam. Talvez foi o momento mais simples
e feliz da vida dele.”, falou seu pai, anos depois.
Sua família se mudou para Ohio quando tinha ele 6 anos. A mãe
engravidou novamente. Nesta época, Jeff teve um transtorno chamado
“ansiedade de separação” – necessidade de estar sempre próximo aos
familiares.
Aos 8 anos, supostamente foi abusado por um vizinho, mas esta história nunca foi confirmada.
Experiências com animais mortos
Por volta dos 10 anos, Jeffrey Dahmer já fazia “experiências” com
animais mortos. Descorava ossos de galinhas utilizando ácidos. Pregou os
restos de um cachorro a uma árvore, colocando sua cabeça em uma estaca.
Não há certeza se torturava ou matava bichos ou se, como ele dizia ao
pai, os achava mortos na estrada e recolhia-os.
Apesar disto, foi uma criança relativamente “normal”, segundo seu
pai, até a adolescência, quando começou a ficar realmente introvertido,
isolado. Ocasionalmente Jeffrey Dahmer levava bebidas para a escola.
O primeiro homicídio
Quando Jeffrey Dahmer tinha 18 anos, seus pais se separaram. Foi
nesta idade o seu primeiro homicídio. Dahmer pegou um caronista, levou
para sua casa, conversaram, beberam, possivelmente transaram. Quando ele
quis ir embora, Dahmer acertou sua cabeça com um halteres, depois o
estrangulou (“Eu não sabia mais como mantê-lo comigo.”, disse Dahmer
depois), desmembrou seu corpo (e sentiu-se novamente excitado) e o
enterrou no quintal.
Uma vida complicada
Dahmer se inscreveu então para um serviço de seis anos no Exército –
na verdade, por causa dos problemas com a bebida, o pai de Dahmer
deu-lhe duas opções: trabalhar ou ir para o Exército, já que na
faculdade ele não conseguia se manter; Dahmer disse que não queria
trabalhar, então seu pai o levou para o Exército.
Jeffrey Dahmer só ficou dois anos nas Forças Armadas, tendo sido
dispensado por uso intenso de álcool. Passou grande parte deste período
do Exército na Alemanha. A polícia alemã fez uma grande investigação,
posteriormente, e aparentemente Dahmer não matou ninguém lá. Ao voltar,
supostamente desenterrou a primeira vítima, para ver o estado em que se
encontrava.
Em 1982, com 22 anos, mudou-se para a casa da avó, no Wisconsin.
Neste ano teve um problema policial por atos obscenos em público
(masturbação).
Jeffrey Dahmer volta a matar
Em setembro de 1987, tendo aí seus 27 anos, Jeffrey Dahmer começou a
matar efetivamente, em Milwaukee. O primeiro, desta nova fase, foi
assassinado em um quarto de hotel. Jeffrey diria depois que não se
lembrava como o matou. Haviam bebido muito e quando Jeffrey acordou ele
estava morto, com sangue na boca. Levou o corpo para casa, fez sexo com o
cadáver, masturbou-se sobre ele, o desmembrou.
A segunda morte foi alguns meses depois, a vítima foi um jovem de 14
anos. Jeffrey Dahmer havia efetivamente se transformado em um serial killer…
Sua avó estava achando seu comportamento estranho, naqueles tempos, e
o expulsou. Jeffrey trabalhava, na época, em uma fábrica de chocolate.
Chegou a ser levado a julgamento por molestar um menor. O garoto era do
Laos, da família Sinthasomphone. A acusação pediu uma pena grande,
alegando que por baixo da superfície de calma daquele homem havia alguém
bastante perigoso. Psicólogos que o avaliaram recomendaram
hospitalização e tratamento, pois era manipulador e evasivo. A própria
defesa argumentou que tratamento seria melhor que prisão, mas que
Jeffrey Dahmer ainda tinha condições de ficar em liberdade. Dahmer
colocou a culpa de seu ato no álcool e disse que foi um momento de
“idiotice”, pediu perdão e disse que isto não ocorreria novamente. Foi
condenado ao regime semi-aberto por um ano, devendo ficar 5 anos sob
condicional.
Jeffrey Dahmer foi liberado da pena em dez meses, apesar de uma carta
do seu pai pedindo que fosse solto apenas após receber tratamento.
Vítimas: jovens, homossexuais, negros
Mesmo após os problemas judiciais, Jeffrey Dahmer continuou a matar.
Suas vítimas eram todos homens, geralmente negros, alguns asiáticos, que
conhecia em bares gays e atraía para sua casa, às vezes chamando para
beber ou pagando-os para posarem para fotos. A vítima mais velha foi um
homem de 31 anos.
Em sua casa, Dahmer os sedava com remédios na bebida. Antes e depois
do homicídio, abusava deles sexualmente. Antes e depois, fotografava
tudo. Depois de mortos, desmembrava os corpos, guardava partes deles. O
primeiro crânio que guardou pintou-o de cinza, para parecer um modelo de
estudo anatômico.
Teve, posteriormente, a ideia de tentar fazer “zumbis”, injetando
ácidos em buracos feitos nas cabeças das vítimas, ainda vivas, para que
ficassem apenas semi-conscientes e tornassem-se escravos seus.
Obviamente, o experimento fracassou.
Além disto, houve canibalismo: fritava partes dos corpos e comia – embora Dahmer negasse que isto fosse uma prática comum.
Em maio de 91, quase foi pego. Um jovem de 14 anos, chamado Konerak,
escapou do apartamento de Jeffrey – nu, sangrando, mas um pouco sedado.
Duas mulheres o viram, na rua, e chamaram assistência. Dahmer apareceu
antes da polícia, e as mulheres viram o jovem tentando resistir ao
assédio de Jeffrey, embora sem condições de falar muita coisa. Elas
tentaram dizer isto aos policiais, quando estes chegaram.
Mas Jeffrey Dahmer disse à polícia que o garoto era maior de idade e
que eram amantes, e a história ficou por isto mesmo. O jovem não falava
inglês e a polícia acompanhou Dahmer enquanto este levava o jovem de
volta para o apartamento. Na cama de Dahmer estava o corpo de um outro
homem, morto há três dias. Mas a polícia, no apartamento, só viu fotos
de Konerak vestindo um biquíni preto.
Quando os policiais foram embora, Dahmer não se preocupou: voltou às suas “brincadeiras” com Konerak, e o matou.
Coincidência: mata irmão de vítima anterior
Dias depois, a mãe de uma dessas duas garotas que viram a cena na rua
ligou para a polícia, dizendo que, ao ver notícias sobre um garoto do
Laos desaparecido, suas filhas o identificaram como sendo o rapaz nu
daquela noite. A polícia, entretanto, não foi atrás de mais informações.
O sobrenome do garoto era Sinthasomphone – por coincidência, era irmão
daquele outro que Dahmer havia molestado tempos antes.
De maio a julho daquele ano, a média foi de cerca de uma vítima por
semana. Até que em julho outro homem escapou, com algemas presas a um
punho. Desta vez, a polícia chegou ao apartamento de Dahmer, que abriu a
porta calmamente. Disse que iria ao quarto pegar a chave da algema. A
vítima disse aos policiais que ele tinha uma faca, no quarto. O policial
foi atrás de Dahmer.
Corpos na geladeira
A casa tinha um cheiro estranho… O que o policial viu, primeiramente,
foram fotos de corpos desmembrados. Depois, foi encontrando os próprios
corpos das vítimas. Foi dada voz de prisão a Dahmer, que tentou lutar e
foi dominado.
Um policial abriu a geladeira e gritou para o outro: “Tem uma porra
de uma cabeça aqui!”. No total, haviam restos de 11 vítimas na casa,
dissecados e depositados em tonéis e na geladeira. Cabeças, pênis etc.
Em seu quarto, cabeças humanas, em um aparente princípio de ritual de
satanismo.
Um peixe, bem cuidado, nadava no aquário.
Supõe-se que foram 17 as vítimas de Jeffrey Dahmer, em toda a sua vida.
Fantasias, troféus, canibalismo
Dahmer contou que suas fantasias de matar homens e fazer sexo com seus cadáveres começaram aos 14 anos.
Disse ainda que ficava “fascinado” com as vísceras dos homens mortos, que a manipulação dos corpos o excitava muito.
Fora as partes que guardava como “troféus”, precisava fazer sumir o
resto do corpo. Com ácidos, tentava dissolvê-los, e jogar pelo vaso
sanitário.
O canibalismo foi assim explicado: comendo partes das vítimas, elas
poderiam ainda viver, incorporadas no seu organismo, que as absorveria.
Ao comer, tinha ereções.
Os rituais “satânicos” eram para obter poderes econômicos e sociais.
O julgamento do serial killer Jeffrey Dahmer
Seu julgamento ocorreu em 1992, e Dahmer ficava em uma cabine à prova de balas. Cães farejadores rastreavam bombas.
Quando começou o julgamento, Dahmer resolveu dizer-se culpado, mas
insano. “É difícil, para mim, acreditar que um ser humano possa ter
feito o que eu fiz, mas eu sei que fiz.”
A via da insanidade fracassou. O advogado de defesa disse, citando
todos os desvios de comportamento de Dahmer, que ele era “um trem nos
trilhos da loucura”. A acusação rebateu: “Ele não era o trem, era o
maquinista!”. Foi condenado a 15 prisões perpétuas (que, com bom
comportamento, poderiam ser transformadas em 957 anos de prisão…).
Dahmer declarou, ao final do julgamento: “Agora está terminado. Em
nenhum momento estive aqui para querer permanecer livre. Francamente, eu
queria a morte para mim mesmo.”
“Não odiei ninguém. Eu sabia que era doente, ou diabólico, ou ambos.
Agora acredito que era doente. Os médicos me explicaram sobre minha
doença e agora tenho alguma paz… Eu sei quanto mal eu causei… Graças a
Deus não haverá mais nenhum mal que eu possa fazer. Eu acredito que
somente o Senhor Jesus Cristo pode me salvar de meus pecados… Não estou
pedindo nenhuma consideração.”
Dahmer é assassinado
Jeffrey Dahmer teve um bom comportamento na prisão. Converteu-se ao
cristianismo. Em novembro de 1994, um preso psicótico, ironicamente
negro, agrediu Dahmer (com uma barra de ferro, em sua cabeça; e um cabo
de esfregão foi enfiado em seu olho) e um outro prisioneiro, e os dois
faleceram.
Seu pai quis doar seu cérebro para a Medicina. A mãe e o juiz foram
contra. Tempos depois, o pai escreveu um livro sobre a história de
Dahmer (e foi acusado, por muitos, de oportunismo). Nele, disse: “Havia
algo que faltava em Jeff… Chamamos isso de uma ‘consciência’… que morreu
ou mesmo que nunca nasceu.”
Fonte:oserialkiller.com.br
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