quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Pará macabro #1: A Cobra Grande



Essa lenda começa no Amazonas, mas tem um importante papel na cultura paraense.

Há muito tempo existiu, em uma das tribos do Amazonas, uma mulher muito perversa que inclusive, devorava crianças. Para pôr fim a tantas dores causadas por ela, a tribo decidiu atirá-la no rio, pensando que ela morreria afogada e nunca mais viesse a perseguir ninguém. Porém Anhangá, o gênio do mal, decidiu não deixá-la morrer e casou-se com ela, dando-lhe um filho. O pai transformou o menino em uma cobra, para que ele pudesse viver dentro do rio. Porém, logo a cobra começou a crescer e crescer...

O rio tornou-se pequeno para abrigá-la e os peixes iam desaparecendo devorados por ela. Durante a noite seus olhos iluminavam como dois faróis e vagavam fosforescentes por sobre os rios e as praias, espreitando a caça e os homens, para devorá-los. As tribos aterrorizadas, deram-lhe o nome de Cobra Grande.

Um dia a mãe da Cobra Grande morreu. Sua dor manifestou-se por um ódio tão mortal que de seus olhos brotavam flechas de fogo atiradas contra o céu e dentro da escuridão, transformavam-se em coriscos. Depois deste dia, ela se recolheu e dizem que vive adormecida debaixo das grandes cidades.



A Cobra Grande vive embaixo de Belém. A cobra se encontra em um sono de séculos, e que se mexe, causa tremores pela cidade de Belém. Isso explica o terremoto de 1970 na capital paraense. Muitos falam que um dia ela vai acordar e querer sair, quando isso acontecer, a cidade toda será devastada.

A cabeça da cobra se encontra embaixo da Basílica de Nazaré, no bairro de Nazaré, e a cauda embaixo da Igreja do Carmo, o que dá início a uma outra lenda: a de que há uma saída para a cobra dentro da Basílica de Nazaré e é protegida pela imagem de N. Sra. de Nazaré que no momento em que for retirada de lá liberta a cobra.

Basílica de Nazaré

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